Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
03/04/2020 08h03
RECANTO DOS NETOS (10) Histórias "assustadoras" da Vó Celeste

Ilustração: Vovó contando histórias assustadoras para a criançada. Fonte: Copilot/Microsoft1253689.png

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.


Como dito anteriormente, oito são os nossos netos: Leo e Rafa; Maria Elisa e Paulo Emílio; Isabela e Rafaela; e Cecília (e Guga, que veio em 2022) 

Nesses últimos dias, andam todos em recolhimento social, mas de carinha boa. [Exceto o Guga, que chegou depois]

Confiram:

Rafael e Leonardo Paulo Emílio e Maria Elisa
Cecília e Guga Rafaela e Isabela

SÉRIE RECANTO DOS NETOS

SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

Dito isso, neste post (e nos seguintes desta série), vamos contar um pouco de como eles passam as férias e feriados na Casa Gorda (nome dado por Rafa e Leo à casa da vó Celeste. Veja aqui)

Quando em Lambari, os netos

(...) brincam o dia inteiro ... de andar de bicicleta, rodar pião, jogar bolinha de gude, soltar pipa lá no morro (...) À noite, ... jogam videogame, mas a brincadeira mais gostosa é o pique-esconde na rua ou então a queimada. 

Pois bem, dessas e de outras atividades, todos gostam muito, mas hoje vamos falar de um tema que faz grande sucesso na turminha: histórias assustadoras da vó Celeste.

Vamos lá.

Internet. Reprodução. Fonte: picsels.com


Vó Celeste, Vô Guima e Paulinho e Rafaela

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Nota importante

Três motivos principais há para contarmos essa história aqui no RECANTO DOS NETOS.

O primeiro se refere ao momento por que estamos passando, todos nós, a humanidade inteira, em face da crise mundial do Coronavírus/Covid19. Essas lembranças de passagens felizes com nossos netos têm ajudado a mim e a Celeste a suportar a sua ausência, visto que todos eles moram fora de Lambari.

O segundo diz respeito a compartilhar nossa experiência com pais e avós leitores deste espaço eletrônico, ressaltar a importância da contação de histórias e de estímulo à leitura, desde os primeiros anos da criança, e incentivar a que façam o mesmo que nós.

E o último tem a ver com nossos próprios netos: queremos deixar-lhes um registro, uma memória desses tempos felizes, para que tenham histórias para contar e lembranças para narrar, quando eles próprios estiverem a entreter seus netos.

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HISTÓRIAS ASSUSTADORAS

Casa assombrada... Meia-noite... Escuridão!

De repente, um homem na janela... com uma faca na mão!...

— Passando manteiga no pão...


Vó Celeste, dando início à contação de "histórias assustadoras"


Todos tivemos nossos contadores de histórias. Eu, por exemplo, como anotei no meu livro de memórias (Menino-Serelepe), ouvi histórias de meus pais e meus avós, e tenho no meu avô paterno — José Batista, o Pai Véio — o contador de histórias preferido (aqui).

E bem assim minha mulher também ouviu muitas e muitas histórias — algumas delas "assombrosas" — contadas por seus pais e avós.

Celeste, aliás, até escreveu um livro infantil, contando uma história "assustadora", que se deu com os netos Leo e Rafa.

Vejam este trechinho:

Três horas da manhã um barulho estranhíssimo acordou o Leo. Era um barulho assustador. Não era aquele barulhão do caminhão que pega o lixo de madrugada e nem era o barulhão dos ônibus que passam perto da sua janela lá na cidade grande. Era uma coisa horrível, que o Leo nunca tinha escutado antes. Ele ficou em pânico. Primeiro, berrou tanto que acordou o irmão, o Rafa. Depois o Rafa também escutou aquele barulho horrível e, como eles são gêmeos, o que um faz o outro faz igual, começou a chorar também. (O galo e a coruja cupinzeira por Celeste Krauss).


Pois bem, desse modo foi que ela tomou gosto pela coisa e hoje adora contar historias para os netos, como as narrativas tradicionais (O homem do saco, João e o pé de feijão, Os três porquinhos), os mitos do folclore (Saci Pererê, Capora, Mula sem cabeça, etc.), os contos de fada (Chapeuzinho vermelho, A bela adormecida), etc.

Mas o que vovó Celeste e as crianças gostam mesmo é de uma história bem "assombrada"...


Huuuuuu!!!!

(Reprodução. Fonte: jornalcruzeiro.com.br)


Verdade seja dita

                                                                                        picsels.com. Reprodução

Trata-se, no entanto, de um assombramento leve, de um susto do qual as crianças logo se recompõem, que não deixa mazelas nem as atemoriza, como é o caso destes gibis e desenhos que elas adoram:


  

Reprodução. Internet e frame YouTube

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OS PALCOS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Minhas estórias da Carochinha, meu melhor livro de leitura 

capa escura, parda, dura, desenhos preto e branco.

Eu me identificava com as estórias.

Fui Maria e Joãozinho perdidos na floresta.

Fui a Bela Adormecida no Bosque.

Fui Pele de Burro. Fui companheira de Pequeno Polegar

e viajei com o Gato de Sete Botas. Morei com os anõezinhos.

Fui a Gata Borralheira que perdeu o sapatinho de cristal

na correria da volta, sempre à esperea do príncipe encantado,

desencantada de tantos sonhos

nos reinos da minha cidade.

CORA COLINA. Meu melhor livro de leitura. Vintém de Cobra (1984)


Pra contar uma história, é preciso um público interessado e atento e um bom palco. Assim, vó Celeste organizou dois lugares especiais para contar suas histórias assustadoras.

E neles ajuntam não só os netos, mas também sobrinhos-netos e amigos da criançada.

  • Casa Gorda

Sala com lareira

Fogueira no terreiro, com netos e sobrinhos-netos da vó Celeste


  • Chalezinho ao pé do Morro do Selado

No chalezinho, preparando a fogueira, elemento indispensável no cenário das histórias assustadoras

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Preparando os cenários

Quando acende a fogueira, é porque vai ter contação de histórias assustadoras

Hoje tem churrasquinho no pão, antes da contação de histórias

Ah, depois das histórias tem marshmellow! Na foto, netos e sobrinhos-netos da vó Celeste e amigos da criançada

Quando o frio aperta, bom é ficar na cama ouvindo histórias assustadoras


Noite fria e histórias horripilantes — melhor é ficar todo mundo juntinho...

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DEPOIS DE OUVIR — CONTAR, LER E ESCREVER HISTÓRIAS

No ler e contar histórias para crianças — as histórias familiares, inclusive, das quais já falamos aqui e aqui — há não somente a parte lúdica, estética, emocional, como o estímulo a que façam o mesmo: contem histórias, deem asas à imaginação, inventem, criem. 

Isso abre o mundo da leitura e da escrita.

E vimos — eu e Celeste — isso acontecer aqui na nossa família. Contávamos  ou líamos uma história e abríamos espaço para que as crianças fizessem o mesmo. E havia uma "disputa" entre eles. Rafa e Leo, os mais velhos, narravam histórias em forma de roteiros, com começo, meio e fim, como se fossem montar um filme. As meninas, mais novas, contavam ou inventavam historietas do seu universo: os contos de fadas, os gibis, os desenhos e filmes a que tinham assistido.

E isso abria-lhes a mente, inspirava-os.

E os livros de histórias foram se amontoando. Inicialmente, "liam" as gravuras; depois de alfabetizados, começaram a ler tudo que pudessem. Mais à frente, começaram a "escrever" suas histórias.


As crianças escrevem

Veja o que contamos sobre esse ponto:

  • Veja As crianças escrevem --> aqui

Veja também este outro livro de Rafa e Leo, em parceria com o coleguinha Marco Thúlio, uma história de suspense intitulada  A fuga do supermercado:

   


Livros aos montes

Conforme já contamos aqui, fomos montando na Casa Gorda uma biblioteca infantil, que se renova a cada período de férias, com livros que compramos e outros mais, como os utilizados na escola, os adquiridos usados, em sebos, os presentes de aniversários [1] e também uns livros que foram distribuídos gratuitamente pelo Banco Itaú. [2]

E hoje temos livros que serviram a uns e vão servir a outros, à medida que vão crescendo.


  

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[1] Aquisição de livros

Além das bibliotecas públicas e escolares, e de e-books gratuitos ou a preço módico disponíveis na internet, há muitas maneiras de conseguir literatura infantil/juvenil para nossos filhos e netos.

Por exemplos, podemos começar pelos livros escolares, de literatura inclusive, distribuídos nas escolas.

Podemos adquirir os mais acessíveis, como os livrinhos de história que podem ser encontrados a preço mínimo em lojas de 1,99 ou em sebos on-line, que vendem livros usados (em bom estado e a preço reduzido). 

Podemos distribuir lista de livros como sugestão de presentes (aniversário, dia da criança, Natal).

Podemos formar uma biblioteca comunitária, composta de parentes e amigos, para troca e empréstimo de livros. 

Podemos ler (ou assistir vídeos) ou baixar e-books gratuitos (ou vídeos) na internet.

Podemos baixar o aplicativo Kindle (ou outro semelhante) para o qual há centenas de livros infantis gratuitos, para serem lidos no celular, no IPad, no notebook (veja aqui)

[2] Kidsbook - Itaú Criança

Tempos atrás, o Banco Itaú fez uma campanha de distribuição gratuita de livros infantis, que se dava mediante o preenchimento de cadastro. Essa campanha, contudo, foi encerrada. Mas a instituição mantém uma página eletrônica com livros infantis que podem ser baixados ou lidos on-line.

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HISTÓRIAS CLÁSSICAS

A ideia de uma literatura infantil e juvenil é bem menos antiga que a de literatura, sem qualificativos. É a partir do século XVII, com a publicação de Fábulas e As Aventuras de Telêmaco, ambas escritas por Fénelon (1651-1715), que é a inaugurada a produção literária dirigida às crianças e jovens. Há, contudo, obras anteriores à de Fénelon, publicadas nos séculos XVI e XVII, como os textos de Gonçalo Fernandes Trancoso (15--), Giovanni Battista Basile (1575-1632), La Fontaine (1621-1695) e Charles Perrault (1623-1703), que posteriormente viriam a ser reputados como clássicos da literatura infantil. Além desses, há as narrativas da Grécia e Roma clássicas, como Esopo e Fedro, na tradição das fábulas. 

LITERATURA INFANTIL E JUVENIL. Enciclopédia Itaú Cultural


Da infância da humanidade, das culturas primitivas às clássicas, do Oriente ao Ocidente, mitos, lendas, fábulas passaram de geração a geração, de povo a povo, de civilização a civilização.

Contadas e recontadas, recriadas, renovadas, narrativas antiquíssimas e longínquas foram, através dos tempos, migrando de cultura em cultura.

Na idade medieval europeia, a partir do Século XIV, as narrativas orais clássicas, míticas e lendárias, começam a dar lugar a narrativas em prosa e verso (narrativas poéticas, gestas cavaleirescas, novelas românticas), essas grandemente influenciadas e enriquecidas pela migração dos contos maravilhosos do oriente, traduzidas do sânscrito e do árabe.

Nesse período, no caldeirão cultural que aí se formou, é que vamos encontrar as raízes da literatura infantil europeia (Perrault, Grimm e Andersen), que chegou aos nossos dias. 

Recorde-se ainda que navegadores ibéricos, cujos países dominaram os mares a partir do Século XVI, levaram e trouxeram contos, histórias, lendas e fábulas, nas relações com os povos que conquistaram (África, América) e/ou países com que estabeleceram comércio (Ásia). Acresça-se também que famílias, funcionários e missionários religiosos portugueses e espanhóis se fixaram nas colônias, e que comerciantes ibéricos se estabeleceram em muitos dos novos mercados que foram descobertos. Tempos depois, outros povos europeus seguiram o mesmo caminho.

Esses desbravadores — fossem franceses, portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses — onde residiam, se casavam, tinham filhos e contavam e ouviam histórias seculares. Histórias que, ao longo do tempo, foram enriquecidas ao contato com povos indígenas e negros escravizados. E as histórias dos europeus também influenciaram culturas locais.

E os contos, lendas e fábulas, que a tradição oral ia propalando e enriquecendo, correram mundo e se espalharam por inúmeras culturas.

Esse contexto histórico explica, por exemplo, a ocorrência dos contos universais, isto é, contos assemelhados que a tradição oral espalhou pelos Continentes. Quando se investigam as origens e as formações das histórias populares, vê-se que, com pequenas variantes, contos como A gata borralheira, João e Maria, O sapo com medo d'águaO sapo e o coelho aparecem em vários pontos do globo.


Contos clássicos de origem europeia

Das penas hoje lendárias de Charles Perrault (1628-1703), dos Irmãos Grimm, (Jacob/1785-1863 - Wilhelm/1786-1859), de Hans Christian Andersen (1805-1872) — que a seu tempo recolheram tradições populares, suavizando-as, retirando passagens escabrosas, e bem assim recontaram antigas histórias e escreveram outras —, podemos citar, por exemplos: 

  • Chapeuzinho Vermelho
  • A Bela Adormecida
  • Rapunzel
  • Branca de Neve
  • O rei sapo
  • O Patinho Feio
  • O Soldadinho de Chumbo

De origem popular, vindos de Portugal e Espanha:

  • Maria borralheira
  • João e Maria
  • Pedro Malasartes
  • O galego e o cavalo do rei
  • O anão e o gigante
  • A Pereira da tia Miséria

Contos origem ameríndia e africana

  • O caboclo-d'água
  • A lenda da Acaiaca
  • Mãe-d'água
  • Quem perde o corpo é a língua
  • A árvore de Tamoromu
  • Kigbo e os espíritos do mato

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ESCRITORAS LAMBARIENSES E HISTÓRIAS INFANTIS

Sobre Alaíde e Henriqueta Lisboa, já escrevemos diversas vezes no GUIMAGUINHAS, como aqui, aqui e aqui

Nascidas em Lambari, as irmãs se transferiram depois para Belo Horizonte. Escritoras, poetas, professoras, Alaíde e Henriqueta também se interessaram por literatura infantil.

Alaíde publicou cerca de 30 livros entre ensaios de educação, didáticos e literários. Foi professora em Lambari, no Instituto de Educação de Minas Gerais e na Universidade Federal de Minas Gerais. Foi colaboradora do Estado de Minas. Na área de literatura infantil, escreveu o clássico A Bonequinha Preta, que teve sucessivas edições desde 1938, e O Bonequinho Doce.

Henriqueta estreou na poesia com o livro Fogo fátuo, em 1925. Em Belo Horizonte atuou como poeta, tradutora, ensaísta e professora. Publicou 17 livros e mais quatro volumes com seleção de sua poesia. Muito do seu livro de poesias O menino poeta e a coletânea de lendas e contos Literatura oral para a infância e a juventude contam-se entre obras de literatura infantil.

 


Um clássico sobre o folclore no Brasil

E não se esqueça de Basílio de Magalhães, o professor, escritor e político que viveu e morreu em Lambari, e aqui está enterrado (veja aqui), e de sua obra magistral sobre o Folclore no Brasil.

Estudo sobre o folclore brasileiro, feito com erudição e farta bibliografia. Análise dos livros sobre o assunto publicados até 1928, data da edição da obra de Basílio de Magalhães. O autor examina manifestações populares segundo conceitos bem sintonizados com a pesquisa europeia realizada à época. Contém ainda oitenta e um contos populares recolhidos por João da Silva Campos.

À venda na livraria do Senado Federal:

https://livraria.senado.leg.br/index.php?_route_=o-folclore-no-brasil-vol-253

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COLETÂNEA DE CONTOS E MÚSICAS

AOS MENINOS DO BRASIL

Ainda me lembro hoje da Velha Totônia, bem velha e bem magra, andando de engenho a engenho, contando as suas histórias do Trancoso.

Não havia menino que não quisesse um bem muito grande, que não esperasse, com o coração batendo de alegria a visita da boa velhinha, de voz tão mansa e de vontade tão fraca aos pedidos dos seus ouvintes.

Todas as velhas Totônias do Brasil se acabaram, se foram. E outras não vieram para o seu lugar. Este livro escrevi pensando nelas... (...)

JOSE LINS DO REGO. Histórias da velha Totônia. Introdução


Com as facilidades da internet, há um mundo de histórias, vídeos e músicas infantis disponíveis.

Confira estes exemplos:


Oito contos de Charles Perrault

Disponível aqui: https://www.pensador.com/contos_de_charles_perrault/


Contos dos Irmãos Grimm

Disponível aqui: https://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/index?page=1


Três contos de Andersen (vídeo)

A Pequena Sereia - A Rainha da Neve - A Pequena Vendedora de Fósforos

Disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=6km03abj9u0


Contos do folclore

Reprodução. multiplasoralidades

Aqui: Contos do folclore


Annie e Ben - Histórias assustadoras para crianças

       Reprodução (frame) YouTube


Contos clássicos para crianças que falam do medo

        Reprodução. Guiainfantil.com

João sem medo. Aqui: https://br.guiainfantil.com/materias/cultura-e-lazer/contos-infantis/conto-infantil-joao-sem-sedo/


Romance de uma caveira

Rolando Boldrin e Ranchinho: https://www.youtube.com/watch?v=HRC6RXv0AD8

Ilustração. Reprodução Youtube.Beatriz Blanco/UNICAMP

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REFERÊNCIAS

Para saber mais

  • Folclore brasileiro. Contos populares do Brasil. Sílvio Romero. Ed. Itatiaia/Belo Horizonte; Ed. da USP/São Paulo, 1985.
  • Contos tradicionais do Brasil. Câmara Cascudo. Ediouro, Rio de Janeiro, 2000
  • Histórias da velha Totônia. José Lins do Rego. Nova Fronteira, Rio de Janeiro,1985
  • Lendas negras. Júlio Emilio Braz; Salmo Dansa. FTD, São Paulo,2001
  • Contos e poemas para crianças extremamente inteligentes de todas as idades. Harold Bloom. Objetiva, Rio de Janeiro, 2002 (vol. 2)
  • Literatura oral para a infância e a juventude. Lendas, contos e fábulas populares no Brasil. Henriqueta Lisboa. Cultrix, São Paulo, 1968
  • Problemas da literatura infantil. Cecília Meireles. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1984
  • Um Brasil para crianças. Para conhecer a literatura infantil brasileira: histórias, autores e textos. Regina Ziberman; Marisa Lajolo. Global, São Paulo, 1986
  • A literatura infantil. Visão histórica e crítica. Bárbara Vasconcelos de Carvalho. Global, São Paulo, 1989
  • Ensaio sobre a literatura infantil. Aires da Mata Machado Filho; Henry Roberto Corrêa de Araújo. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1979
  • Literatura Infantil (1880-1910). Projeto Memória de Leitura/UNICAMP. Disponível aqui
  • Literatura infantil e juvenil. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível aqui
  • O lado sombrio dos contos de fadas. Revista Superinteressante.Disponível aqui

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MENINO-SERELEPE

 O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.

O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.

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O GALO E A CORUJA CUPINZEIRA

O e-book O galo e a coruja cupinzeira, de Celeste Kraussromanceia uma história real acontecida com nossos netos, os gêmeos Leonardo e Rafael, já foi comentado no GUIMAGUINHAS (aqui) e está disponível, em forma de e-book, distribuído gratuitamente (aqui)
 


As belíssimas ilustrações desse livro são de autoria de Fabiana Martins, designer que se assina Fabi Martins, que já fez trabalhos para a Folha de S. Paulo, Jornal São Paulo, Propaganda Trip, entre outras publicações (aqui).

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Publicado por Guimaguinhas
em 03/04/2020 às 08h03
 
02/04/2020 08h19
RECANTO DOS NETOS (9) Desenhos, leituras e contação de histórias

Ilustração: Recorte capa da narrativa Um N que virou M, de minha neta Isabela


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.


Como vimos escrevendo nesta série RECANTO DOS NETOS, a renca de netos de Celeste e Guima já conta 8 alminhas: Leo e Rafa; Maria Elisa e Paulo Emílio; Isabela e Rafaela; e Cecília e Gustavo. 


A bisavó Neli e seus bisnetos: Paulo Emílio, Leonardo, Rafael, Isabela, Rafaela, Maria Elisa e a caçulinha Cecília. Passagem do ano de 2020

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UMA RENCA DE NETOS

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Pois bem, neste post vamos contar como divertimos os netos com desenhos, leituras e contação de histórias, e mostrar uma historinha narrada por Isabela — para nós a Bebela — a interessante história de Um N que virou M.


Bebela (acima à direita) e sua família: os pais José e Paula, tendo ao centro Rafa e Meg


Vamos lá.

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DESENHOS, LEITURAS E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Era uma casa assombrada!!! As luzes todas apagadas...

Todo mundo dormindo... De repente, um grito:

— Chiiico!!! cadê o penico!!!


Vó Celeste, dando início à contação de "histórias assustadoras"


Quando os netos começaram a chegar, eu e Celeste, que tivemos excelentes avós,  tentamos seguir o modelo. Como eles foram grandes contadores de histórias, procuramos fazer o mesmo para os filhos dos nossos filhos.

Pelo fato de morarmos longe dos netos, sempre que estamos juntos em Lambari, os encontros, além de passeios, brincadeiras de pipa-trolinho-pique, jogos, filmes e especialidades da vovó cozinheira, têm muitas histórias, revistas em quadrinhos, livros e músicas infantis — e caixas e caixas de lápis de cor, giz de cera, centenas de rabiscos, milhares de desenhos...


 

 

 "Artistas" mostram o seu "talento"


 

As portas da Casa Gorda estão permanentemente "decoradas" com trabalhos das netas


E há também um tempão de contação de histórias...

E a "casa da vovó" e o "critório do vovô" (como diz a Rafa. Veja aqui), têm espaços próprios para essas atividades, bem como o "chalézinho" do Morro do Selado.

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Espaços de escritura e leitura

E na Casa Gorda foram destinados espaços para as crianças rabiscarem, desenharem, escreverem e lerem à vontade...


O vovô teve de abrir espaço no "critório" para as netas: a mesa de trabalho das desenhadeiras e escrevedeiras, com livros infantis, folhas, cadernos, notebook, lápis, giz, cola, etc. etc. etc.

Entre os livros, estão: Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll), O menino marrom (Ziraldo), O mágico de Oz (Frank Baum), Silvia Pélica na Liberdade (Alfredo Mesquita, ilustração de Hilde Weber), O menino do dedo verde (Maurice Druon), Viagens de João Peralta e Pé-de-Moleque (Menotti Del Picchia), O Pequeno Príncipe (Saint-Exupéry),  Aventuras do menino Chico de Assis (Luís Jardim), A famosa invasão dos ursos na Sicília (Dino Buzzati), O mistério do caderninho preto (Ruth Rocha), A invenção de Hugo Cabret (Brian Selznick) e muitos outros mais...


Na escrivaninha do quarto das meninas, mais livros. Entre eles, a coleção de livros infantis que ganhei de Sérgio Klein, meu colega da RFB, falecido muito jovem.

Veja aqui: https://editorafundamento.com.br/autores/index/profile/hash/sergio-klein

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As crianças escrevem

Procuramos incentivar, também, que contassem suas próprias histórias — e inventassem outras...

De início, fizeram isso oralmente, depois na forma de desenhos...

Todos eles ardiam de vontade de aprender a ler e escrever... Sonhavam com isso, enquanto iam desenhando figuras e rabiscando supostos diálogos e lances de grandes aventuras...

Por essas e por outras razões — apoio dos pais, boas escolas, professoras dedicadas, outros avós mais presentes do que nós pudemos ser —,  noveis "contadores de histórias" foram aparecendo:

— Rafa e Léo tiveram redações já publicadas:

Livro editado pela Escola Mãe da Divina Providência, com redações de alunos (Brasília, Widbook+Edra, 2015)

— Maria Elisa deu início à sua produção literária:

Como já contamos, Maria Elisa escreveu dois livros: Lúcia: aventura no lugar mágico e A surpresa.

Confira aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=57083

— E agora Isabela escreveu sua primeira história:

Como se pode ver aqui: A história da Bebela

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A HISTÓRIA DA BEBELA

Abaixo, o texto Um N que virou Muma história contada por Bebela.

Confira.

[*] Foram corrigidos alguns erros de sintaxe, ortografia e pontuação


Um N que virou M

Era uma vez uma menina chamada Iasmin. Ela era muito generosa e carinhosa.

Mas tinha um problema: ela confundia 2 letrinhas: M e N.

Ela era inteligente mas sempre errava na prova as palavras com M e N, tipo:

— lâmpada, bombom, amor, panda...

Ninguém sabia disso além da professora, a melhor amiga e os pais dela.

A amiga e a professora fizeram de tudo. A professora, principalmente, todo dia ela ensinava M e N na escola.

Os pais também ajudavam com lições de memorização.

Mas, um dia um menino falou para a professora assim:

— Ô professora, por que toda a aula de Português a gente tem que aprender sobre M e N?

A professora sem palavras, com o rosto todo vermelho falou gaguejando:

— É porque M e N são parecidos, então temos que treinar.

Com um gesto de afirmação, a aula continuou.

Iasmin voltou para casa surpresa com o acontecido na aula.

Além das tarefas que a professora passa para toda turma, após todos irem embora, ela entrega para Iasmin uma folha com exercícios de M e N para fixação.

Um dia o colega de Iasmin ficou na porta espionando o que tinha na pasta que a professora trazia para a escola todos os dias.

E ele descobriu que ela dava para Iasmin uma folha com exercício de fixação, o que ele não sabia, apesar de ser muito curioso.

Com o passar dos meses Iasmin conseguiu decorar o uso das letrinhas M e N.

Ela ficou muito animada porque nunca mais ia errar seu nome.

FIM


Original da história manuscrita, ilustrada e montada por Bebela

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REFERÊNCIAS

  • Um N que virou M. Isabela Miranda Moreira Krauss Guimarães. [Texto, ilustrações e montagem]. Edição da Autora, São Lourenço, 2020
  • Fotos: acervo da família

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Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
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  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

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  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 02/04/2020 às 08h19
 
30/03/2020 07h46
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - A gripe espanhola em Águas Virtuosas de Lambari (1918-1919)

Ilustração: Montagem. Medidas preventivas aconselhadas pela Inspectoria de Hygiene do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, durante a epidemia de gripe espanhola (1918-1919) e Como prevenir o contágio do Coronavírus, instruções do Ministério da Saúde, 2020.1253689.png

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

As autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas de Portugal sobre os sofrimentos provocados pela pandemia de gripe na Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada do mal ao país. Mas, essa aposta se revelou rapidamente um engano.

JULIANA ROCHA


A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal. [1]

Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul. [1]

De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época.Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões a 50 milhões, tornando-a uma das epidemias mais mortais da história da humanidade. A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenzavirus H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009. [2]

Neste post, recordamos os horrores dessa pandemia de 1918-19 no Rio de Janeiro, então capital da República, e em Águas Virtuosas de Lambari, onde 49 pessoas faleceram.


Fontes:

[1] http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=815&sid=7

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_espanhola


Vamos lá.

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HISTÓRIA DA GRIPE ESPANHOLA NAS ESTÂNCIAS HIDROMINERAIS DO SUL DE MINAS

No livro A gripe espanhola nas estâncias hidrominerais de Cambuquira, Caxambu, Lambari e São Lourenço - MG - 1918-1919, o historiador varginhense José Roberto Sales apresenta estudos sobre a epidemia de influenza espanhola, entre 1918 e 1919, em Minas Gerais, nos municípios da microrregião de São Lourenço: as estâncias hidrominerais de Cambuquira, Caxambu, Lambari e São Lourenço, por meio de estudo de dados de mortalidade obtidos nos Cartórios do Registro Civil de cada município.

Desse livro extraímos informações sobre a gripe espanhola em Águas Virtuosas de Lambari, naquele período triste de 1918-19, que podem nos auxiliar a entender a grave crise por que estamos passando com o Coronavírus/Covid19.


O historiador varginhense José Roberto Sales. Reprodução. Fonte: https://fundacaoculturaldevarginha.com.br/colecao-joserobertosales/

 


A gripe espanhola nas estâncias hidrominerais de Cambuquira, Caxambu, Lambari e São Lourenço - MG - 1918-1919. [e-book]. José Roberto Sales. 1a. edição, 2013. Capa:  Fachada principal do antigo Elite Hotel Cambuquira – MG

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A GRIPE ESPANHOLA EM LAMBARI - 1918-1919

O período epidêmico da gripe espanhola em Lambari (Águas Virtuosas) teve a duração de 83 dias entre 09 de novembro de 1918 e 30 de janeiro de 1919. Durante o período epidêmico ocorreram setenta óbitos por mortalidade geral, ou seja, óbitos por todas as causas de morte. Desse total, 49 foram em consequência da gripe espanhola e/ou complicações decorrentes. 

JOSÉ ROBERTO SALES



Do livro acima, no capítulo 3, páginas 118 a 138, extraímos o seguinte:

Em Lambari – MG, à época denominada Águas Virtuosas, a pesquisa revela a ocorrência de 49 óbitos por influenza espanhola e complicações decorrentes, no período de 09 de novembro de 1918 a 30 de janeiro de 1919.

O período epidêmico teve a duração de 83 dias. As vítimas fatais foram 23 homens e 26 mulheres. Em ambos os sexos, ocorreram óbitos em todas as faixas etárias. O pico ocorreu no mês de novembro de 1918, com 30 óbitos.

A maioria dos óbitos ocorreu nas residências das vítimas ou de familiares (32); os demais, no hospital (13) e no Asilo São Vicente de Paula (1).

As causas das mortes registradas nos atestados de óbitos cartoriais foram: gripe (26), gripe pneumônica (18), meningite (2), broncopneumonia (1), pneumonia (1) e meningoencefalite de origem gripal (1). Consideramos os registros de gripe pneumônica como uma complicação decorrente da gripe.

As principais vítimas da epidemia foram os maiores de cinquenta anos de idade de ambos os sexos. A principal ocupação dos homens era a de jornaleiro agrícola (lavrador que trabalhava por jornada diária de trabalho) e a única ocupação das mulheres, o serviço doméstico.

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A GRIPE ESPANHOLA NA CAPITAL DA REPÚBLICA (1918-19)

Ela foi chamada de a Espanhola. O som das castanholas vinha do ranger de dentes dos infectados. A princípio, ninguém notou. Mergulhados em problemas de abastecimento e notícias da Primeira Guerra Mundial, adoecer parecia normal a milhares de cidadãos.

MARY DEL PRIORE


Se na Europa a Espanhola se disseminava e apavorava, em setembro de 1918, no Rio de Janeiro, capital da República, as notícias eram ignoradas ou tratadas em tom de brincadeira.

É o que conta a historiadora Mary Del Priore no artigo abaixo, publicado hoje no Jornal O Globo.

Confira:

Reprodução. Jornal O Globo, 30, mar, 2020. Disponível aqui


Reprodução. Facebook

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RECOMENDAÇÕES PARA CONTER A GRIPE ESPANHOLA

Em artigo intitulado:

  • História: recomendações para conter Coronavírus são as mesmas da Gripe Espanhola,

o jornal eletrônico DiáriodoRio.com mostra a semelhança entre as recomendações para contenção da gripe espanhola e o Coronavírus.


Aviso publicado em jornais do Rio de Janeiro (1918-19). Reprodução. Fone: JornaldoRio.com

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CUIDADOS RECOMENDADOS PARA CONTENÇÃO DO CORONAVÍRUS

O Ministério da Saúde disponibiliza na internet informações oficiais sobre a pandemia Coronavírus/Covid 19 no Brasil.

Disponível aqui: https://coronavirus.saude.gov.br/



Já comentamos os cuidados recomendados pela Prefeitura Municipal de Lambari quanto à pandemia do Coronavírus/Covid19.

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 30/03/2020 às 07h46
 
24/03/2020 07h59
IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI (6) Lambari e Latronico em tempos de Covid19

Ilustração: Capa do vídeo da prefeitura de Latronico (Itália) acerca de medidas protetivas em tempos de Covid191253689.png

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Como vimos contando na série IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI (aqui), dezenas de famílias migraram da Itália para Águas Virtuosas de Lambari em fins Século XIX/início Século XX, e a grande maioria delas proveniente de Latronico, na província de Basilicata.



FAMÍLIAS ITALIANAS QUE VIERAM PARA ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI

Cerca de 40 famílias italianas imigraram para Águas Virtuosas, quase todas oriundas de Latronico, na província de Basilicata

Dentre elas, conforme está no livro Subsídios para a história de Lambari (MILEO, 1970), as seguintes:

Basile, Beloni, Bianguli, Biasi, Bongiorni, Bordigoni 

Carelli, Carlini, Coli, Conti

De Capua, De Paula, Dieco, Dotti

Eoli

Franceschi

Gentili, Gesualdi, Giacoia, Giovanini, Gonelli, Grandinetti, Greco, Gregatti

Ieno, Ielpo

Lamberti, Léo, Lofiego, Lorenzo 

Magaldi, Maglioni, Mandarano, Manes, Marzano, Metidieri, Mileo

Negri

Papaléo, Papandréia, Patia, Pestile, Plantuli, Ponzo 

Raimundi, Rambaldi, Rosatti 

Santoro, Serruti, Sgarbi, Sinforoso, Silvestrini 

Tucci

Viola

(*) Os Biasi vieram de Campobasso; os Gentili, de Massa; os Pestile, de Nápoles. Os  Giovanini de Badia de Tedalda, província de Arezzo

Fonte: JOSÉ NICOLAU MILEO, 1970, págs. 107 a 114; 


Na mesma série, contamos como foi a visita de descendentes das famílias GESUALDI e BASILE a Latronico, em 2012 e 2019, respectivamente.

Pois bem, ontem, dia 23 de março de 2019, Marcelo de Castro Alves [Basile] nos repassou mensagem recebida de Vincenzo Castellano, vice-prefeito de Latronico, a qual refere vídeo divulgado pela Prefeitura de Latronico a respeito de medidas preventivas adotadas naquela cidade, em razão do Covid19.

Em resposta, enviamos a Marcelo, pedindo que repassasse a Vicenzo, a situação de nossa Lambari.

Neste post, compartilhamos a mensagem e respectivo vídeo com os visitantes do nosso site, em especial com os descendentes e amigos das famílias italianas de Lambari que migraram daquela cidade.

Confiram.

Ao grande povo italiano, do qual há 25 milhões de descendentes do Brasil, e centenas em Lambari, MG, elevamos nossos pensamentos de conforto espiritual e esperança, e estamos em prece, solicitando aos Céus força e consolação, a fim de que possam enfrentar o enorme drama que essa crise vem causando.

Que os protetores de Latronico e Lambari  Santo Egídio e N. S. da Saúde — protejam a todos nós.




André Gesualdi e sua esposa Deborah. Viagem a Latronico. 2012.


Os irmãos Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile], ao lado do vice-prefeito de Latronico (Vincenzo Castellano, de gravata). Viagem a Latronico. 2019

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MENSAGEM DA PREFEITURA DE LATRONICO (tradução do Google, com alterações)

MENSAGEM DO LATRONICHESI FUORISEDE

Um pequeno vídeo com uma mensagem importante do nosso prefeito: por ocasião da epidemia na COVID19, respeitamos as regras e #restiamoacasa!

Particularmente aos que decidiram ficar em sua cidade natal adotiva, fazendo um enorme sacrifício de estar longe de seus entes queridos neste momento difícil, é que enviamos esta mensagem importante ... logo no início desta semana crucial para o Sul da Itália.

Eles também, como estão respeitando as instruções dadas, merecem o nosso aplauso.

Unidos vamos conseguir!

O vídeo foi feito graças a um trabalho gratuito e fundamental de Donato Viola, que respondeu presente ao meu chamado. As imagens aéreas são cortesia de Antonio De Luca e Giuseppe Orofino.

Obrigado a todos que participaram.

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ACESSE O VÍDEO

O vídeo mencionado está disponível aqui:

 

 

(*) Nesse vídeo, além de mensagens de moradores de Latronico, estimulando a permanência em casa, podemos ver belas imagens aéreas da cidade.

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MEDIDAS PROTETIVAS EM LAMBARI - Covid19

A Prefeitura de Lambari, MG, em razão do Coronavírus/Covid19, tomou providências, como isolamento social, avisos e mensagens por meio de redes sociais e carros de som, edição do Decreto Municipal n. 4.062, de 20 de março de 2020 (situação de emergência em saúde pública: instalação do Gabinete da Crise, plantão da vigilância sanitária, etc.)


Mensagens via WhasApp


Facebook da PML, com vídeos e notícias sobre medidas preventivas ao Coronavírus/Covid19

https://www.facebook.com/prefeituradelambari/?fref=ts

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MENSAGEM ORIGINAL (em italiano)

UN MESSAGGIO DAI LATRONICHESI FUORISEDE*

Un piccolo video con un messaggio importante da parte dei nostri concittadini fuorisede: in occasione dell'epidemia COVID19 rispettiamo le regole e #restiamoacasa!

E' proprio da parte di chi ha deciso di rimanere nelle proprie città di adozione, compiendo un sacrificio enorme nello stare lontani dai loro affetti in questo momento così difficile, che ci arriva questo messaggio importante...proprio all'inizio di questa settimana cruciale per il Sud Italia.

Anche loro, come chi sta rispettando alla lettera le indicazioni date, merita il nostro plauso.

Uniti ce la faremo!


Il video è stato realizzato grazie al lavoro gratuito e fondamentale di Donato Viola che ha risposto presente alla mia chiamata. Le immagini aeree sono state concesse da Antonio De Luca e Giuseppe Orofino.
 

Un grazie a tutti quelli che hanno partecipato.

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EREFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 24/03/2020 às 07h59
 
15/03/2020 08h41
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (77) - João André dos Santos [*1931 - +2020]

 Ilustração: João André e Gidão. Dupla de zagueiros do Águas Virtuosas dos anos 1950.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Faleceu no dia 14 de março de 2020, aos 89 anos de idade [11 de abril de 1931], João André dos Santos.

Natural de Natércia (MG), João André veio para Lambari nos anos 1950, onde logo ficou conhecido por sua atuação como vigoroso zagueiro do Águas Virtuosas.


João André. Reprodução. Facebook/Cristiane Bacha Santos

João André, Marialva e filhos


Aqui se casou com Marialva Borges Bacha, com quem teve 3 filhos: Cristiane, Jorge André e Ricardo, esses dois últimos também atletas do Águas Virtuosas nos anos 1980.


Da Série Futebol em Família (aqui)


Muito amigo de meu pai (Dé da Farmácia) e de meu tio (Joãozinho Bode), foi companheiro de caçadas e pescarias desses dois por longos anos.


João André, Dé e Joãozinho – três amigos amantes das caçadas


Neste post, recordamos algumas passagens de sua vida.

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O FUTEBOL

Alto e forte, João André foi um "beque das antigas", como se diz no futebol, tendo formado, ao lado de Gidão, uma grande dupla de zagueiros do excelente time do Águas Virtuosas dos anos 1950.

Gidão e João André, time do Águas, anos 1950


Algum tempo atrás, quando comecei a coletar, numa antiga camisa do Águas Virtuosas, assinaturas de jogadores que atuaram pelo clube [a qual pretendo expor num futuro local que venha a guardar a memória do do A.V.F.C. (aqui)], mostrei-lhe a foto abaixo e perguntei sobre o apelido que seu modo de atuar lhe rendeu no futebol: Zé do Diabo.

Ele deu uma risadinha marota, e respondeu:

— Hehehe! Porque chegava junto!

E aí eu brinquei:

— Mas por que "Zé" e não "João do Diabo"?  

Ele então deu uma boa risada, e disse:

— Sei lá, coisas do futebol !


Time do Águas Virtuosas dos anos 1950. Em inscrição da época, João André aparece identificado pelo apelido: Zé do Diabo


A seguir, recordou alguns lances de sua carreira e assinou a camisa, ao lado de Quinzinho Modesto, seu companheiro de jornadas no time do Águas, também falecido recentemente (aqui).


A "esquadra rubra"

João André (o Zé do Diabo) fez parte do grande time do Águas Virtuosas dos anos 1950 (aqui). Cartazes dos jogos da época (aqui), deixaram registros sobre suas atuações:


Cartaz do jogo Águas Virtuosas x E. C. Itanhandu, de 18, set, 1955, destacava o Zé do Diabo

Cartaz do jogo Águas Virtuosas x T.A.C. de Três Pontas, Anos 1950, destacava Joãozinho (João André, o Zé do Diabo)


Águas Virtuosas dos anos 1950. Na foto, entre outros, em pé: Dr. Ferreira, Cunha, Rely, Crisóstomo, Gidão, João André, Lilico, Vaca e Manoel Correia . Agachados: Professor Raimundo, Quinzinho, Nenê Nascimento, Laerte, Hélio Fernandes, Pinellinho e Chico de Castro.

 

Águas Virtuosas. 1953. Em pé, entre outros: Crisóstomo, Hélio, Vavá, Zé do Diabo, Nicola e Gidão. Agachados: Pinellinho, Val, Nenê e Quinzinho

 

Águas Virtuosas. Anos 1950. Em pé, entre outros: Hélio Fernandes, Crisóstomo, João André. Agachados: João Rely, Pinelinho, Quinzinho.

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VIDA SOCIAL

Algumas lembranças da vida social de João André.


João André entre Aparecida Carvalho e Benigna Borges (sua cunhada), na formatura dessa última


A dança

Conforme conto na série Aguinhas Elegante - 3 (aqui), João André foi grande dançarino e assíduo frequentador das noites dançantes do Cassino das Fontes.

Confira.



Em agosto de 2018, no Pesqueiro do Ganso, na festa de aniversário de 80 anos Marluce Santoro Krauss Villani, João André dança com Marialva

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AS CAÇADAS

João André combinava bem com meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio (Joãozinho Bode), não obstante as diferenças de gênio e estilo de caçadas desses dois.

De fato, meu pai tinha um gênio mais manso e mais brincalhão e preferia caçadas de mato e de pio (aqui). Meu tio, um grande coração num gênio mais severo, era dado a caçadas de campo, capivaras e pacas (aqui e aqui). 

Abaixo vai um pequeno registro fotográfico das caçadas de João André com meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio (Joãozinho Bode)


Consciência ecológica

Essas são lembranças de um outro contexto histórico, de uma época em que a caça esportiva era legal no País. Atualmente, encontra-se proibida. Confira a Legislação de proteção à faúna. 

Com a extinção da caça e a conscientização ecológica, as últimas gerações de brasileiros já não praticaram a caça esportiva ou a apanha de espécies da fauna silvestre, passando a ter outra relação com aves e pássaros. Veja este belo exemplo (aqui)


Fotos

Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André, Zé Maria (promotor) e João Bode

Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André

Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André


Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. Na foto, em pé: Baianinho, Expedito, Josué, João André, Nezinho. Agachados: Dito Cozinheiro e Dorinho

 

Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. Na foto, em pé: Dorinho, Josué, Nezinho. Agachados: Dé da Farmácia, João André e Expedito

Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. João André

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UM GESTO DE AMIZADE

Ditoso o homem que se compadece e empresta.
 
(SALMOS, cap. 112, v. 5)


Num livro ainda inédito sobre minha juventude, recordo uma passagem dos meus 16 anos, um pouco antes de terminar o ginásio, quando — como a maioria dos meus colegas — eu "queria estudar fora". Apesar de ser filho único, as condições financeiras de meu pai, então um assalariado da Farmácia Santo Antônio, não permitiam me manter estudando longe de casa.

E ele então me fez aprender datilografia, tomar aulas de escrituração contábil com d. Zainha (aqui), e depois me levou a Varginha, na companhia de Armando, um viajante dos laboratórios Yatropan, para algumas entrevistas de emprego. Não conseguimos nada de imediato, e sim a promessa de que dentro de 3 a 4 meses eu seria empregado como auxiliar de escritório numa empresa do ramo de rações que estava expandindo suas atividades.

No dia em que embarquei no ônibus do seu Walter Junqueira (uma velha jardineira laranja, de que muitos vão se recordar), com destino a Varginha, meu pai me entregou um envelope com certa quantia, e me disse: 

— Filho, tem aqui dinheiro pra você se manter por 3 meses. Depois disso, se não conseguir emprego, vai ter que voltar...

Fui e voltei por outras razões, mas quero registrar que foi ao seu amigo João André que meu pai tomou emprestado, sem juros, esse dinheiro. Gesto de amizade por que serei eternamente grato. 

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 15/03/2020 às 08h41
Página 21 de 108

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

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