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Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
13/06/2016 14h09
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. (6) - Em 1930, o Águas Virtuosas era o orgulho esportivo do Sul de MG

Ilustração: Titulo reportagem do jornal A Noite (RJ), edição de 30 de janeiro de 1930


SUMÁRIO


Apresentação

Dentro da Série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C., trazemos hoje uma histórica reportagem sobre o clube, realizada por Figueira de Almeida para o jornal A Noite, do Rio de Janeiro, publicada no dia 30 de janeiro de1930.

Vamos a ela.
 


A arquibancada de tijolos e a cerca de madeira

Na foto, vê-se a construção da arquibancada de tijolos e madeira de lei, que ficava alinhada à esquerda do campo. Esse, por sua vez, era circundado por uma cerca de madeira. Confira (aqui).

Tratava-se de um belo campo,  de grandes dimensões (120m x 70m) e gramado perfeito.

Confira:




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Em 1930, o AVFC bateu grandes adversários

A reportagem alinha expressivos resultados obtidos naquela época pelo time do Águas Virtuosas, com um elenco composto somente por jogadores do lugar:

  • 3 x 0 contra o Sport Clube Cruzeiro (Cruzeiro, SP)
  • 2 x 0 contra o Sport Clube São Paulo
  • 5 x 0 contra Caxambu
  • 3 x 0 no selecionado de Três Corações
  • 1 x 0 contra Lavras (campeão da Zona Oeste de MG)

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A desde sempre apaixonada torcida do Águas Virtuosas

Em 1929, o Águas não havia perdido nenhuma partida realizada fora de Lambari, e dentro de casa estava invicto desde a sua fundação em 1926.

A torcida entusiasta, porém ordeira, ajudara o time em brilhantes "viradas" de placar:



Torcida do Águas, nos anos 1980/90

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A prática de outros esportes

Além do futebol, o clube incentivava a prática de outros esportes, e na sua sede havia quadras de vôlei e de peteca.



Antiga planta da Praça de Esportes do A. V. F. C.


Propaganda de material esportivo dos anos 1930, existente nos arquivos do clube

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Estatuto, finanças e diretoria

Os estatutos do clube foram baseados nos do Fluminense Futebol Clube, do Rio, à época considerados modelares. Seus associados, em número de uma centena, garantiam a boa situação financeira do clube.

A diretoria era composta, entre outros, pelos seguintes:

  • João Lisboa Júnior: Médico e político, nascido em Lambari em 1894. Filho de João de Almeida Lisboa (aqui) e Maria Rita Vilhena Lisboa. Foi prefeito de Lambari por dois períodos, entre julho de 1935 a dezembro de 1945.
  • Oswaldo Cruz Lisboa: Farmacêutico, irmão de João Lisboa Júnior. Foi proprietário da Pharmácia da Empresa (aqui),  e também advogado e cafeicultor. Em 1963, assumiu a direção do IBC - Instituto Brasileiro do Café.
  • José de Oliveira Leite: Comerciante conhecido como Juca Leite, fundador da  tradicional Papelaria São Luiz. Teve 4 filhos: Gilberto e José Gama Leite, também comerciantes; Aurélio, professor, e Joaquim, que cursou odontologia.

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Águas Virtuosas F. C. — orgulho esportivo do Sul de Minas

Figueira de Almeida estava veraneando em Águas Virtuosas do Lambary quando elaborou a reportagem, e ele a encerra deixando dois grandes elogios ao clube:

  • que ele seja exemplo para outras cidades; e
  • que o Águas Virtuosas era o orgulho esportivo do Sul de Minas.


Uma esperança

No próximo mês de agosto, o Águas Virtuosas Futebol Clube completará 90 anos de fundação.

E a propósito disso, tomara que as palavras acima, de um antigo e distante colaborador do jornal A Noite, amante de Águas Virtuosas do Lambary e do clube que lhe levou o nome, que, não obstante tenham ecoado há tanto anos, continuam poderosas e comoventes, possam inspirar a nós lambarienses — quem sabe? — na recriação do time de futebol da cidade, orgulho de  tantas gerações.

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A Série

Posts já publicados

  • Fundação do clube - aqui
  • O Jockey Clube - aqui
  • Amistosos das Décadas de 1920/30/40 - aqui
  • A Taça Guaraína - 1a. Parte - (1941) - aqui
  • Campo do A.V.F.C. - aqui
  • O Estádio do A.V.F.C. aqui

Continuidade da Série

A série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. prosseguirá com os seguintes títulos:


Em preparo: Taça Guaraína - 1941- 2a. parte


Em preparo: Sócios


Em preparo: Diretorias


(*) Caro(a) visitante,

Nosso objetivo é compartilhar informações, histórias e fotos de nossa cidade, com vista à preservação de sua memória. Assim, se você tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail:  historiasdeaguinhas@gmail.com

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Referências

  • Jornal A Noite, Rio de Janeiro, edição de 30 de janeiro de 1930.
  • http://memoria.bn.br/
  • Documentos existentes no arquivo do Águas Virtuosas Futebol Clube.

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Publicado por Guimaguinhas
em 13/06/2016 às 14h09
 
09/06/2016 08h00
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Técnicas fotográficas de João Gomes D'Almeida

SUMÁRIO


Introdução

Já falamos em outro post sobre o primeiro fotógrafo de Aguinhas — João Gomes d'Almeida [1847-1907], que foi sucedido por seu João Gomes de Almeida Filho (1893 – 1961) (aqui).

Neste post veremos algumas técnicas utilizadas por esses importantes fotógrafos de nossa cidade.

Vamos lá.

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Antigas técnicas de fotografias

João Gomes d'Almeida era um fotógrafo atualizado com as técnicas fotográficas do seu tempo. Com efeito, da propaganda de sua Photographia Fluminense se podia ver que ele tirava retratos "por todos os systemas até hoje conhecidos."

Para tanto, D'Almeida possuía um caderno de anotações e recortes sobre técnicas e novidades do ramo de fotografias, do qual extraímos estas interessantes informações:


Fórmulas químicas utilizadas na revelação de fotos

Técnica para escrever "recados secretos" num postal

Anúncio de drogas utilizadas na revelação de fotografias

Artigo sobre a fotografia das cores

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Fotografia estereoscópica

Os Almeidas trabalharam também com a fotografia estereoscópica — uma técnica de fotografia em 3 dimensões —, tendo deixado uma pequena coletânea de fotos históricas de Águas Virtuosas de Lambari, elaboradas com essa técnica, como também um estereoscópio — equipamento utilizado para visualizar aquelas fotos.

Vejamos essa história.


A fotografia estereoscópica é formada por imagens iguais, que se repetem em dois quadros e quando as vemos, através do estereoscópio, elas se fundem e nos passam a impressão de uma imagem em 3 dimensões. (Fonte: https://artistajosemedina.wordpress.com)

Foi criada pelo inglês David Brewster (1781-1868), amigo do fotógrafo William Henry Fox Talbot (1800-1877), em 1849, a partir dos estudos de visão binocular desenvolvidos no passado pelos italianos Giovanni Battista della Porta (ca.1542-1597) e Leonardo da Vinci (1452-1519). (Fonte: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/)

Fotografia estereoscópica (Fonte Mercado Livre)

Fotografia estereoscópica (Finlândia) pertencente ao acervo de João Gomes de Almeida Filho

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O Perfecscope

Perfecscope é o nome comercial de um estereoscópio inventado por Hawley C. White, patenteado em 15 de Outubro de 1895. Trata-se de um equipamento feito de alumínio, com uma haste inferior para o encaixe da mão, dotado de um visor de duas lentes e um suporte para fotografias estereoscópicas.


  

Perfecscope que pertenceu a João Gomes de Almeida Filho (1893 – 1961)


Perfecscope 1900 - AISO22 (Fonte: Youtube)


Antigas fotografias descobertas na França

No sótão de casa, Mathieu Stern, fotógrafo e blogueiro francês, encontrou uma "cápsula do tempo" com objetos de 120 anos, incluindo películas fotográficas.

Para revelar os negativos das fotos, Stern teve de recorrer a uma técnica datada de 1842.


Veja também:

  • Vídeo Youtube - Perfecscope 1900 - AIS0022 (aqui
  • Vídeo Youtube - The Invention of the Stereoscope (aqui)

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Coletânea de fotografias estereoscópicas de Águas Virtuosas de Lambari (Acervo de João Gomes Filho)


Casario, centro de Águas Virtuosas (rua do Ginásio)

Turistas remando no Lago Guanabara. Ao fundo o Cassino, no qual aparece uma cobertura no terraço, que não existe mais

Vista do centro de Águas Virtuosas, antes da construção do Cassino

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Referências

  • Acervo de João Gomes d'Almeida e João Gomes de Almeida Filho
  • Youtube
  • Wikipedia

Nota: Agradecemos a colaboração da sra. Luíza Silvestrini da Cruz, neta de João Gomes d'Almeida e sobrinha de João Gomes de Almeida Filho, pelas informações prestadas e cessão das fotos utilizadas neste post.

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Publicado por Guimaguinhas
em 09/06/2016 às 08h00
 
03/06/2016 09h37
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - O Clube Éden

Ilustração: Vista do interior do Cine Éden, anos 1930/40 (Fonte: Acervo de João Gomes de Almeida Filho)


SUMÁRIO


Introdução

Abaixo, um pouco da história do Clube Éden (também: Cassino Éden, Cine Éden), que pertenceu a sr. José Ieno, onde, nos anos 1930/40, chegaram a tocar renomados músicos brasileiros, entre eles Luciano Perrone e Radamés Gnatalli [1]

Naqueles anos, funcionou também ali o Cine Éden, de propriedade de Mello & Irmãos, ao tempo do cinema mudo.


Fonte: Almanak Laemmert, n. 71, de 1915


E, mais à frente, um sistema de alto-falantes que retransmitia o Repórter Esso, à época, o noticiário mais famoso do rádio, e dava notícias locais (notícias da cidade, notas sociais, previsão do tempo).

Confira a seguir.

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O Éden Clube

Éden Clube, em Lambary, anos 1920/30 (o 3o. prédio, da esquerda para a direita. Atualmente, ali funciona uma sorveteria). 


Noite elegante no Éden Clube, nos anos 1930


Daquela época de ouro em Lambari, a valsa Saudades de Lambary, de Luciano Perrone (aqui), reaparece, em 1953, em LP  do maestro Leo Peracchi 

[Reprodução do jornal Última Hora, de 14, out, 1953]

 


Cine Éden

Abaixo, uma foto histórica do interior do Cine Éden, pertencente ao acervo de João Gomes de Almeida Filho, fotógrafo do qual já falamos (aqui)

Interior do Cine Éden, anos 1930/40.

D. Sílvia Grandinetti tocava piano no Cine Éden, à época do cinema mudo

(Fonte: Paulo Roberto Viola, Lambari, como eu gosto de você!)


 O serviço de alto-falante

(Fonte: Paulo Roberto Viola, Lambari, como eu gosto de você!)


Notas

[1]

  (Reprodução: www.funarte.gov.br)

Em 1929, [Radamés] foi convidado pelo professor Fontainha  a se apresentar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro tocando pela primeira vez com acompanhamento de orquestra no "Concerto em si bemol maior", de Tchaikovski, tendo recebido grandes elogios da crítica carioca. Por essa época, já radicado no Rio de Janeiro, encontrava-se em dificuldades financeiras quando recebeu o convite para atrabalhar no Cassino das Fontes, na cidade mineira de Lambari, substituindo o pianista Mário Martins. Nessa ocasião, conheceu o baterista Luciano Perrone, com quem construiria uma sólida amizade por toda a vida e que se tornaria um de seus músicos prediletos. 

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB (aqui)

Conheci Luciano Perrone no ano de 1929 , mais de cinquenta anos, portanto, em Lambari, uma estação de águas. Fui contratado para tocar no Cassino das Fontes no lugar do Mário Martins; ele estava no Cassino Éden tocando bateria e em lua-de-mel ao mesmo tempo.

 Do livro Radamés Gnatalli, de Aluísio Didier (Brasiliana Produções, 1996)

Os cassinos abriram campo profissional para Radamés, que passou uma temporada em Lambari, onde conheceu Luciano Perrone, o baterista que integraria todos seus conjuntos dali para frente. 

Do livro A Casa da minha Infância, de Luiz Nassif (Editora Agir, 2008)

Na lua-de-mel em Lambari (MG), [Luciano Perrone ] conheceu o pianista Radamés Gnattali, que viria a ser seu maior parceiro instrumental. "Ele me convidou para acompanhá-lo no fox 'Gato no Telhado'", lembra. A amizade ficou tão forte que Radamés ensinou o baterista a tocar piano. "Foi por causa das aulas dele que eu pude tocar tímpano em um concerto sinfônico em 1932", diz. Aos 26 anos, Luciano atuou como percussionista na Rádio Clube do Brasil. Dois anos depois, participava do programa de inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. "Cheguei a gravar o tema 'Luar do Sertão' como jingle da Rádio Nacional", diz.

IstoÉGente (aqui)

 (Reprodução: Clique Musical UOL) 

[Luciano Perrone ] foi um dos primeiros bateristas de música popular a estudar teoria musical e tocava tanto em bailes quanto orquestras sinfônicas. Personagem fundamental para isso foi Radamés Gnattali, que ele conheceu em 1929, durante sua lua-de-mel em Lambari (MG). Diz a história que tocaram juntos o fox Gato no Telhado e, admiração mútua à primeira vista, nunca mais se separaram. Radamés chegou a dar-lhe aulas de piano, e Perrone funcionou como uma espécie de celeiro de ritmos para os inventivos arranjos de Radamés, inclusive a famosa orquestração para Aquarela do Brasil (Ary Barroso), que se destaca por seu quebrado e irresistível acento rítmico sincopado, desde a introdução. 

................

Foi compositor bissexto. Além de Ritmo de Samba na Cidade, tem em seu repertório choros para vibrafone, como Flutuando nas Nuvens, e valsas como Saudades de Lambari.

Clique Musical UOL (aqui)


Veja também

  • Luciano Perrone - Samba vocalizado (batucada fantástica) (aqui)
  • Radamés Gnatalli - Caminho da saudade (aqui)
  • Quinteto Radamés Gnatalli ' O trenzinho do caipira ' ( TVE 1986 - Luciano Perrone na bateria ) (aqui)

Referências

  • VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você! Rio de Janeiro, Navona, 2002.
  • Museu Américo Werneck
  • Acervo de João Gomes de Almeida Filho
  • Clique Musical UOL
  • IstoÉGente
  • Dicionário Cravo Albin da MPB 

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Publicado por Guimaguinhas
em 03/06/2016 às 09h37
 
29/05/2016 14h00
MEMÓRIAS DO JOÃO BRÁULIO - O Grupo João Bráulio em 1918

Ilustração: Alunos no Grupo João Bráulio Jr., em 1918


SUMÁRIO


Introdução

Nosso primeiro grupo escolar foi criado em 1907 e instalado em 1908, por iniciativa de João Bráulio Júnior, importante político mineiro nascido em Campanha, MG, que morou em Águas Virtuosas e trabalhou politicamente pelo desenvolvimento de nossa cidade.

Quando foi criado, tomou o nome de Grupo Escolar da Vila de Águas Virtuosas, depois foi designado por Grupo Escolar Dr. João Bráulio Júnior; atualmente é denominada Escola Municipal Dr. João Bráulio Júnior.

Inicialmente a instituição funcionou na Rua Wenceslau Braz, em antigo prédio construído e doado pelo município. 

No post abaixo, veremos informações sobre o João Bráulio do ano de 1918, extraídas do livro Águas Virtuosas de Lambary, de Roberto Capri, e bem assim fotos da instituição datadas de 1929.

Vamos lá.

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O João Bráulio em 1918

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Fotos do João Bráulio em 1929


Antigo João Bráulio. Ginástica. Início anos 1900


Antigo João Bráulio. Auditório. 1929

Antigo João Bráulio. Auditório. 1929

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 Sobre o João Bráulio, veja também estes textos:

  • História do Grupo João Bráulio (aqui)
  • Pelotão de Saúde Oswaldo Cruz (aqui)
  • No Grupo João Bráulio (aqui)
  • Desfile de Sete de Setembro (aqui)
  • Festa no João Bráulio (aqui)
  • Aula de Ciências no João Bráulio (aqui)

Referências

  • Águas Virtuosas de Lambary, Roberto Capri, Ed. Pocai & Comp., São Paulo, 1918
  • Museu Américo Werneck, Lambari, MG

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Publicado por Guimaguinhas
em 29/05/2016 às 14h00
 
25/05/2016 10h54
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. (5b) - O Estádio do A.V.F.C.

SUMÁRIO


Introdução

Em post anterior, falamos sobre o antigo campo de futebol do Águas Virtuosas, construído em área própria (21.830 m2), situada na Rua Francisco de Biaso, nos anos 1930. (aqui)

Hoje, vamos focar o Estádio do A.V.F.C., construído nos anos 1960.

Vamos lá.

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A transação imobiliária entre o clube Águas Virtuosas e a Prefeitura Municipal de Lambari

Como ficou dito no post anterior, em 1963, mediante a Lei Municipal n° 265, de 13 de setembro, foram estabelecidas condições para que

  1. os acionistas do Águas Virtuosas Futebol Clube e do Jockey Club de Lambari doassem suas ações à Prefeitura Municipal;
  2. a área de terreno pertencente ao clube, com 21.830 m2, situada na Rua Francisco de Biaso, fosse transferida para a municipalidade, com a garantia de que o AVFC teria direitos e vantagens em futuro Estádio Municipal a ser construído;
  3. a Prefeitura Municipal doasse essa área do antigo campo às Indústrias ABI, com vista à expansão do parque industrial dessa empresa.

O "Estádio Municipal", a que se refere a lei acima, viria a ser construído no terreno situado na Rua Francisco de Castro Filho (em frente ao Cassino), o qual foi doado ao Águas Virtuosas, por meio da Lei Municipal n° 359, de 27 de setembro de 1967.

 

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A escritura de doação do terreno em frente ao Cassino

Assim, em 29 de dezembro de 1992, à vista da Lei Municipal n° 359/1967, perante o Cartório do 2o. Ofício de Lambari, Livro de Notas n° 83-A, foi lavrada escritura pública de doação do imóvel acima, com área total de 5.498,00 m2.

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Anos 1930: Vista do terreno, em frente ao Cassino, onde seria construído o Estádio do Águas Virtuosas


Anos 1940: Vista do mesmo terreno, então ocupado por um circo.


Campo do Esporte, em frente ao Cassino, onde viria a ser construído o Estádio do Águas Virtuosas.  Na foto, o time de Nova Baden, que então disputava um torneio interno. Entre outros, estão, em pé: Gil, Currila, Afonso e Nilo Carreira. Agachados: Nenê Nascimento, Chanchão, Alemão, Luiz Bié e Odilon.


1965 - Início das obras de construção do Estádio do Águas Virtuosas

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A inauguração do Estádio do A.V.F.C.

Já comentamos aqui como se deu a inauguração do Estádio do Águas Virtuosas, pela Seleção Brasileira, em abril de 1966 (aqui) (aqui) e (aqui)


  

(1) Jogo treino da Seleção de 1966. Na foto, entre outros: Pelé, Gilmar, Rildo, Gérsone Tostão. (2) Pelé e Jairzinho, com Cristina Viola e outra criança


O Estádio do Águas Virtuosas, pronto para ser inagurado pela Seleção Brasileira, em 1966 ​(Reprodução O Globo, 12/abr/1966. Foto Indalassa Leite)


Reprodução: Correio da Manhã, 10, abr, 1966


Craques como Gilmar, Dino Sani, Bellini, Orlando, Aldair, Djalma Santos, Pelé e Garrincha deixaram as impressões de mãos e pés numa placa de cimento ainda hoje existente.

Fonte: Correio da Manhã, 19, abr, 1966

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A re-ratificação da escritura de doação do terreno em frente ao Cassino

Como se anotou acima, em dezembro de 1992, dando cumprimento à Lei Municipal n° 359/1967, a Prefeitura Municipal de Lambari doou ao Águas Virtuosas Futebol Clube, por meio de escritura pública lavrada no Cartório do 2° Ofício, o terreno onde se construiu o novo estádio. (aqui)

Nos anos 1990, novas leis foram editadas (aqui), alterando pontos da legislação municipal de 1967, que havia regulado a transação imobiliária entre o Águas Virtuosas e a Municipalidade. (aqui)

Inicialmente, em 4 de junho de 1997, a Lei n° 1.118 declarou de utilidade pública a Associação Esportiva e Cultural Águas Virtuosas Futebol Clube.

Em 1998, a Lei n° 1.167, de 16 de junho, dispôs sobre a re-ratificação da escritura de doação lavrada em 29 de dezembro de 1992, para que

"a área quadrada do terreno, constante da referida escritura, passe a ser de 15.498,00 m2 (quinze mil, quatrocentos e noventa e oito metros quadrados), e a sua confrontação, pelo lado esquerdo, vá até à Sociedade Olímpica de Lambari."

Em 2 de março de 1999, a Lei Municipal n° 1.191 autorizou o Município a "dar em pagamento" ao A.V.F.C. a área acima, de 15.498,00 m2, para "saldar débito para com a entidade".

A escritura da dação em pagamento acima referida foi passada no Cartório do 2° Ofício de Lambari, em 26 de julho de 1999 (Livro 86, fl. 070).

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A destinação do antigo campo do Águas

E, logo a seguir, em 25 de maio de 1999, a Lei Municipal n° 1.197, autorizou o Poder Executivo Municipal a alienar, através de Processo Licitatório, a área de terreno relativa ao antigo campo do A.V.F.C. ("campo do GRABI").

Finalmente, a Lei Municipal n° 1.228, de 18 de novembro de 1999, autorizou o Poder Executivo Municipal a doar o referido "campo do GRABI" à Associação Atlética de Lambari - AAL, conforme já expusemos no post anterior desta série (aqui).
 

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A legislação

  1. Lei n° 1.118, de de 4 de junho de 1997 - Declara de utilidade pública a associação esportiva e cultural Águas Virtuosas Futebol Clube​
  2. Lei n° 1.167, de 16 de junho de 1998 - Dispõe sobre re/ratificação da escritura de doação do Município de Lambari ao Águas Virtuosas Futebol Clube, com sede nesta cidade, lavrada em 29 de dezembro de 1992, e dá outras providências.​
  3. Lei n° 1.191, de 23 de março de 1999 - Autoriza o município a dar em pagamento ao "Águas Virtuosas Futebol Clube", terreno pertencente ao Patrimônio Municipal, para saldar débito para com a entidade, e dá outras providências.​
  4. Lei n° 1.197, de 25 de maio de 1999 - Dispõe sobre alienação de bens imóveis​.
  5. Lei n° 1.228, de 18 de novembro de 1999 - Dispõe sobre a doação de imóvel e dá outras providências.

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Fotos do Estádio do A.V.F.C.

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A atual situação do Estádio do A.V.F.C.

Em 2008, o A.V.F.C. alugou o seu Estádio para a realização de festas de Carnaval, o que danificou grandemente o gramado do campo de futebol, em razão das chuvas ocorridas naqueles dias. 

Meses depois, o clube decidiu dividir o espaço do campo de futebol em duas áreas. Numa, foram construídos dois campos de futebol society. A área restante, somada a espaços existentes fora dos alambrados, foi cimentada para a realização de eventos e shows. Fizeram-se também quadras de tênis de saibro e há planos de se construir uma piscina social.

Infelizmente, com essa decisão, deu-se fim ao histórico campo de futebol do Águas Virtuosas, inaugurado pela Seleção Brasileira de Futebol em 1966, utilizado para pré-temporadas de grandes clubes do Rio de Janeiro e palco de glórias do futebol de nossa cidade.


  • NOTA: Em fevereiro de 2016, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais entrou com uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA em face do ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE, solicitando ao Juízo da Comarca de Lambari, MG a nulidade de negócio jurídico realizado entre a Prefeitura Municipal de Lambari e o clube Águas Virtuosas, e bem assim ressarcimento de danos ao erário.
  • Houve uma decisão de 1a. instância desfavorável ao Águas Virtuosas Futebol Clube, que recorreu ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
  • Em agosto de 2022, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não acatou o recurso interposto pelo Águas Virtuosas Futebol Clube, como se vê da ementa abaixo:

          


  • O acórdão acima está disponível no site do Tribunal de Justiça de MG, em formato PDF, neste link:

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Veja também:

  • Sérgio Pugliesi - Jornal O Globo - Blog A PELADA COMO ELA
    • Fim de um estádio no País da Copa - (aqui)

Vista da atual entrada do Estádio do A.V.F.C.


Vistas dos campos society e da área de eventos, no atual Estádio do A.V.F.C.


Referências

Nota: Esta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. foi elaborada com base em livros, atas, correspondências e outros documentos existentes nos arquivos do clube.


A Série

Posts já publicados

  • Fundação do clube - aqui
  • O Jockey Clube - aqui
  • Amistosos das Décadas de 1920/30/40 - aqui
  • A Taça Guaraína - 1a. Parte - (1941) - aqui
  • Campo do A.V.F.C. - aqui

Continuidade da Série

A série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. prosseguirá com os seguintes títulos:


Em preparo: Taça Guaraína - 1941- 2a. parte


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Publicado por Guimaguinhas
em 25/05/2016 às 10h54
Página 53 de 108

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