Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
28/10/2015 16h18
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Igreja de São Judas Tadeu

SUMÁRIO


Introdução

Hoje, dia 28 de outubro, comemora-se o dia de São Judas Tadeu (aqui).

Daí, vamos recordar como se deu a construção da igreja dedicada a ele, existente em Lambari (MG), no bairro Silvestrini.


O Bairro Silvestrini

Conta Paulo Roberto Viola que a criação do Bairro Silvestrini foi ideia de seu pai Paulo Grandinetti Viola, que, no início da década de 1960, convenceu o industrial Pedro Silvestrini a lotear a gleba de terras que possuía ao pé da Serra das Águas, para lá do Bairro do Campinho, a antiga Chácara de Dona Mariquinha do seu Afonso. [1] 

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A Igreja de São Judas Tadeu

E ainda segundo Paulo Roberto, também foi Paulo Viola quem "fez questão de reservar uma área específica para a construção de uma igreja de São Judas Tadeu, durante a década de 1970. Seria a primeira no Sul de Minas." [2]

Inicialmente, a ideia não agradou muito ao pároco José Ramos Leal, mas este, instado pelo Bispo Dom Otho Motta, acabou aceitando a ideia, tornando-se o chefe da comissão encarregada da construção da obra. E o próprio Bispo lançou a pedra fundamental, com homenagens, discursos e foguetório. [3]


   

Jornal O Globo - 14 e 16 de novembro de 1960

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Arrecadação de fundos

Lançada a pedra fundamental, ampliaram-se as campanhas de arrecadação de fundos.

  Jornal O Globo - 17/09/1961


Monsenhor Castelo Branco

Entre os colaboradores das obras de construção da igreja de S. Judas Tadeu, destaca-se o Monsenhor Castelo Branco (Manuel d'Assunção Castelo Branco - 1893-1966), padre paraibano que se fixou no Rio de Janeiro, onde foi vigário em Inhaúma, Paquetá e Copacabana.

Ele incentivou a devoção a S. Judas Tadeu e o seu nome está ligado a Lambari através dessa devoção, pois estimulou e colaborou na construção da igreja no bairro Silvestrini, onde, aliás, existe uma rua que leva o seu nome.

Fonte: Ruas de Lambari. José Nicolau Mileo, p. 20/21

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Garrafão esmoleiro

 

Um garrafão de 30 l como este foi utilizado para arrecadar donativos


Mas um fato curioso foi o garrafão esmoleiro arranjado com a finalidade de arrecadar donativos. Paulo Roberto conta que seu pai teve a ideia de procurar um seu primo — Pepo Viola , que ficara paraplégico na juventude, e que todos os dias se distraía numa cadeira de balanço posta à porta da Casa Viola.  Mesmo Pepo não sendo religioso, Paulo Viola lhe disse:

"Você vai me ajudar a colher donativos para a igrejinha de São Judas, lá no Bairro Silvestrini. Em seguida colocou um santinho de São Judas no seu bolso, deixando lá um garrafão para guardar os donativos. [4]

   

Casa Viola, onde, nos anos 1970, Pepo Viola tomava conta do garrafão esmoleiro

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Placa de agradecimento

 Paulo Grandinetti Viola, nascido em Lambari, no dia 27/03/1913.


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Rua Paulo Grandinetti Viola

Homenagem ao idealizador e grande incentivador da construção da Igreja de São Judas Tadeu


Fotos da Igreja de São Judas Tadeu

 

Fotos tiradas no dia 28 de outubro de 2015, Dia de São Judas Tadeu


Facebook da Igreja de S. Judas Tadeu

O facebook da instituição é este: 

          https://www.facebook.com/pages/Capela-São-Judas-Tadeu-silvestrini-Lambari-Mg/290872324435566

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Referências

[1] VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você! Rio de Janeiro : Navona, 2002, 2a. edição, p. 143 -[2] Idem, p. 148 - [3] Idem, p. 150 - [4] Idem, p. 151.


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Publicado por Guimaguinhas
em 28/10/2015 às 16h18
 
21/10/2015 15h58
Parque Estadual de Nova Baden - Incêndios Florestais

Recebemos a edição especial (Outubro de 2015) do BOLETIM CAP SUL - ÁREAS PROTEGIDAS - IEF - SUL DE MINAS, com importantes informações sobre os incêndios florestais, que transcrevemos abaixo.

Vale a pena conferir o que é um incêndio florestal, os prejuízos que ocasionam, as causas e as penalidades para quem os provoca, os recursos materiais e as pessoas que trabalham na sua prevenção e combate, e também um vídeo mostrando um dia de combate a um incêndio ocorrido em Boa Esperança (MG).





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Vídeo - Combate ao incêndio no Parque Estadual de Boa Esperança


O Parque de Nova Baden no FACEBOOK

Conheça a página do Facebook do Parque Estadual de Nova Baden - aqui


Sobre o Nova Baden, veja também:

 


Referências

  • Edição especial (Outubro de 2015) do BOLETIM CAP SUL - ÁREAS PROTEGIDAS - IEF - SUL DE MINAS


 

Publicado por Guimaguinhas
em 21/10/2015 às 15h58
 
01/10/2015 13h41
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Doces Gonelli

Eu inicio o Capítulo XIX do livro Menino-Serelepe*, intitulado No Grupo João Bráulio, me recordando dos doces do Gonelli, que comia em criança.

Vejam o texto:


De fato, os meninos da minha geração, que crescemos em Lambari , terão sempre na memória a figura magra e paciente do seu João Gonelli e seus famosos doces de leite.

É um pouco dessa história que vamos recordar aqui hoje.


João Gonelli é filho de Giuseppe Gonelli, imigrante italiano que chegou a Águas Virtuosas do Lambary em finais do Século XIX, ao lado de inúmeros outros compatriotas, conforme já contamos em outros posts aqui do GUIMAGUINHAS, como estes:

  • Chegada dos italianos e a rua do mesmo nome - aqui
  • Origens da família Gentile - aqui
  • Imigrantes italianos - aqui

João Gonelli, em companhia da esposa Adelaide, iniciou, nos anos 1950, sua produção de doces de leite, com uma receita que seus descendentes ainda conservam, num fogão de serragem existente num cômodo de velha casa na esquina das ruas Garção Stockler com São Paulo (onde hoje está o prédio da Caixa Econômica Federal).

Gonelli trabalhou também como garçon no Bar do Juca e no Bar Pinguim. Depois, estabeleceu-se com açougue e, mais à frente, com o Bar Continental, que funcionava ao lado da Padaria Motta, onde depois se instalou o Bar do Amâncio.

Na minha juventude, os famosos doces eram vendidos na Doceria Gonelli, que funcionou muitos anos em frente da Fonte Luminosa, em prédio próximo ao Parque Hotel. Aliás, era um programa de sábado: muitos de minha geração, que "namorávamos na praça", como se dizia, levaram suas amadas para saborear um doce de leite ou um arroz doce do seu Gonelli.


  Pelé, em Lambari, com a Seleção de 1966


Bastante apreciado pelos veranistas, nas grandes temporadas de turistas que ocorriam em nossa cidade, os doces tiveram ilustres degustadores. O maior deles, certamente, foi Pelé, que, ao lado de Garrincha e Manga, passava pela doceria toda noite, à cata dos incomparáveis docinhos de leite do seu Gonelli...


  João e Adelaide Gonelli tiveram 11 filhos: Nílton, Nelson, Sergio, Carlos, Edson, Odilon, Giovani, Nildes, Neide, Neuza e Angélica. E a tradição dos famosos Doces Gonelli ainda permanece, mantida por seus filhos e pelo estabelecimento do Gonelinho (Nílton), que funciona em frente do Parque das Águas, na Rua Dr. Wadih Bacha (ao lado da Casa Viola).


A doceria do Gonelinho, na rua Dr. Wadih Bacha


Os Doces Gonelli são também vendidos em diversos estabelecimentos da cidade


Veja também estes posts:

  • Os premiados Doces Teresa Viola - aqui
  • O Catupiry é nosso! - aqui
  • Antigos produtos de Lambari - aqui

Referências:

  • Jornal Serra da Águas - Pequena história da família Gonelli e seus doces maravilhosos
  • Facebook/PC Martins
  • Google/Maps
  • Agradecemos ao Nílton e Odilon Gonelli as informações e cessão das fotos.

  (*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda. 


 

Publicado por Guimaguinhas
em 01/10/2015 às 13h41
 
25/09/2015 13h01
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. (3) - Amistosos décadas 1920/30/40

Ilustração: Recorte do timbre do ofício do clube 7 de Setembro, de Encruzilhada (atual Cruzília), de 1939


SUMÁRIO


Introdução

Fundado a 2 de agosto de 1926, o Águas Virtuosas Futebol Clube (AVFC) inaugurou seu campo de futebol em 7 de setembro de 1926, jogando partida amistosa contra o time de São Lourenço (MG). 

Nas décadas de 1920/30/40, o AVFC disputou inúmeros amistosos e o primeiro certame oficial de que participou foi a TAÇA GUARAÍNA, da Liga de Varginha (MG), em 1941. Esse torneio será objeto de post específico aqui no GUIMAGUINHAS, no número 7, desta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C.

Neste post, vamos resgatar amistosos do AVFC, realizados nos anos de 1920/40.

Vamos lá.

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Amistosos década de 1920

Em abril de 1927, um combinado da empresa Western Telegraph, do Rio de Janeiro, realizou uma série de amistosos no Sul de Minas. Esses eventos foram promovidos pela Associação Atlética Cambuquirense, de Cambuquira (MG), e se deram nas cidades de Cambuquira, Caxambu, Três Corações e Águas Virtuosas do Lambary.

O time AVFC foi composto por jogadores da terra, com a participação dos atletas Marcos, de Campanha (MG) e Gattini, de Três Corações (MG). Forte chuva interrompeu a partida, aos 22 minutos do segundo tempo. O placar registrava empate por 3 gols.


 

Reprodução de O GLOBO, de 21 de abril de 1927


Em abril de 1927, o AVFC disputou partida amistosa contra o Mangueira Futebol Clube, do Rio de Janeiro. E em abril de 1928 foi disputado outro amistoso, desta feita com o Americano Futebol Clube, também do Rio de Janeiro.

Reprodução de O GLOBO, de 21 de abril de 1927 e 24 de abril de 1928

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Amistosos década de 1930

Um partida amistosa contra a Associação Atlética Cambuquirense, de Cambuquira (MG), foi realizada em 18 de agosto de 1935.

Em 27 de agosto de 1939, a partida foi contra o time de Bias Fortes.

Partida amistosa contra o Sete de Setembro, de Encruzilhada (MG) foi combinada para o dia 3 de setembro de 1939. Encruzilhada é a atual Cruzília (MG). Além do Sete de Setembro, nessa cidade há também o Ypiranga Atlético Clube, ambos tradicionais adversários do AVFC e da G.R. ABI, nos anos 1970, pela Liga de Caxambu (MG).

 E em novembro de 1939, o jogo foi contra o São Pedro Futebol Clube, de Campanha (MG).

Outros clubes adversários do AVFC, por essa época: Conceiçãoense Futebol Clube e Olímpico Esporte Clube, ambos de Conceição do Rio Verde (MG).



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Amistosos década de 1940

Algumas partidas realizadas:

  • Em 27 de maio de 1940, contra o time de Cristina (MG).
  • Em setembro de 1940, contra o Yuracan Futebol Clube, de Itajubá (MG). Resultado do jogo: 2 X 1 para o Águas Virtuosas.

Como se recorda, os irmãos Jorge André e Ricardinho atuaram pelo Yuracan, nos anos 1980, quando o time disputava a segunda divisão de profissionais do Campeonato Mineiro. Ver este link: aqui

  • Em 27 de outubro de 1940, contra a Associação Esportiva de Guaratinguetá, Guaratinguetá (SP).
  • Em 3 de novembro de 1940, contra o Elói Mendes Futebol Clube, de Elói Mendes (MG).
  • Em 21 de dezembro de 1940, contra a Associação Esportiva Prefeito Justino Lisboa Carneiro,  de Santa Catarina (atual Natércia).
  • Em 23 de abril de 1941, contra o Raul Chaves, de Três Corações.
  • Em 2 de junho de 1941, contra o Atlético Club de Três Corações, de Três Corações.
  • Em 6 de julho de 1941, contra Baependi (MG)
  • Em 17 de agosto de 1947, contra o Clube Recreativo e Atlético Caxambuense - CRAC, de Caxambu (MG).
  • Em setembro de 1947, negociações para uma partida amistosa contra o Independente Atlético Club, de Itajubá (MG).

Atlético Clube de Três Corações (MG).

No próximo ano, o Atlético vai disputar a 1a. Divisão do Campeonato Mineiro.

 Entre 1967 e 1969, o AVFC disputou a segunda divisão de profissionais do campeonato mineiro, buscando vaga na primeira divisão. Em 1969, em Três Corações, jogando pelo empate, o Águas perdeu a vaga para acesso à primeira divisão, numa final histórica contra o Atlético Clube de Três Corações. Placar de 1 X 0, gol contra do extraordinário zagueiro Pulga, em um lance de rara infelicidade: uma bola cruzada, um cabeceio dentro da área e a bola bateu-lhe na nuca e entrou.

CRAC de Caxambu (MG)

Raul Chaves, de Três Corações (MG)


Yuracan

Elói Mendes

Guaratinguetá

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Outras informações

Há nos arquivos do clube algumas súmulas financeiras referentes a jogos contra Baependi, Três Corações e Cristina, realizados em 1940 e 1941.

Entre as despesas: aluguel de charretes, areia para marcar o campo, foguetes, curativos, bolas, telefonemas, taxa de licença policial e custeio de almoço e transporte do time visitante.

Abaixo, prestação de contas  do jogo contra time de Baependi, realizado em 6 de julho de 1941.



Fotos

Anos 1920

Times de estudantes de colégio católico. Jogo em Lambari, anos 1920. O resultado foi 1 X 1.


Anos 1930

Águas do anos 1930. Por essa época, destacavam-se o goleiro Pelota, e os craques: Mané Matos, Azarias e Nico Rosati.


Anos 1940

Por essa época, destacavam-se João Luiz Fernandes e Quinzinho Modesto, entre outros craques.

1949: gol do Águas, marcado por Nenê Nascimento. Jogo contra o Botafogo (Baependi), no antigo campo do AVFC.

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Referências

  • Museu Américo Werneck;
  • Jornal O Globo
  • FERNANDES, João Luiz. Reminiscências de um Brasileiro do Século XX - Cidade das Águas Virtuosas. Lambari, MG : Gráfica Kirios, 2013.

Nota: Esta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. foi elaborada com base em livros, atas, correspondências e outros documentos existentes nos arquivos do clube.

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A Série

Posts já publicados

  • Fundação do clube - aqui
  • O Jockey Clube - aqui

Continuidade da Série

A série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. prosseguirá com os seguintes títulos:


Em preparo: Campo do A.V.F.C.


Em preparo: Sócios


Em preparo: Diretorias


Em preparo: Taça Guaraína - 1941


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(*) Caro(a) visitante,

Nosso objetivo é compartilhar informações, histórias e fotos de nossa cidade, com vista à preservação de sua memória. Assim, se você tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail:  historiasdeaguinhas@gmail.com


 

Publicado por Guimaguinhas
em 25/09/2015 às 13h01
 
24/09/2015 08h56
LITERATURA DE AGUINHAS (21) - Trabalhos acadêmicos sobre Águas Virtuosas

Ilustração: brasão do município de Lambari (MG)


SUMÁRIO


Apresentação

O site GUIMAGUINHAS foi criado em março de 2013, mas começou a divulgar seus primeiros posts em maio de 2013, estando no ar, portanto, há dois anos e meio.

Nesse período, na bibliografia que conhecemos e utilizamos (MEMÓRIAS DE AGUINHAS - aqui), mencionamos alguns textos e trabalhos acadêmicos sobre a rica história de nossa cidade. E, também, fomos contatados algumas vezes por pessoas interessadas em informações e referências bibliográficas, com vistas à elaboração de artigos e textos escolares e universitários sobre aspectos de nossa história: descoberta e propriedade das águas, evolução administrativa do município, as obras fundadoras da cidade (Cassino, Lago, Farol), a Questão Minas X Werneck, etc.

Neste post vamos traçar alguns comentários sobre isso.

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Trabalhos acadêmicos

Trabalho acadêmico é o texto (em sentido lato ou estricto) resultante de algum dos diversos processos ligados à produção e transmissão de conhecimento executados no âmbito das instituições ensino, pesquisa e extensão universitária, formalmente reconhecidas para o exercício dessas atividades.

Como trabalhos acadêmicos longos citam-se: Tese (para doutorado), Dissertação (para mestrado), monografia (para gradução), Trabalho de Conclusão de Curso- TCC (para tecnlógos e técnicos). De outro lado, artigos, relatórios, fichamentos, resenhas, comunicações são considerados trabalhos curtos.

Para saber mais veja este texto (aqui)

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Monografias e artigos técnicos sobre ÁGUAS VIRTUOSAS (DO LAMBARY)

1 - Monumentos da água no Brasil: Pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias Sul Mineiras (1880-1925)

  


Francislei Lima da Silva. [Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012. Disponível aqui


RESUMO: A região do Sul de Minas tem o seu passado histórico marcado pela edificação das estâncias balneárias de Águas Virtuosas de Lambary e Águas Virtuosas do Caxambu, em finais do século XIX e início do século XX. Duas vilas transformadas em Hidrópolis: centros difusores de hábitos saudáveis e civilizados, que fundaram seus princípios a partir do poder de cura das águas minerais. Sua particularidade esteve no esforço por equipar as vilas com monumentos da água, que ofereceram uma abundancia de recursos hídricos, combinando o conhecimento de hidráulica ao do engenheiro e do arquiteto. A construção de fontes, pavilhões e chafarizes favoreceu o processo de edificação do complexo aqüífero. Tais ações fazem dos balneários um importante objeto de estudo para compreendermos o processo de modernização das cidades mineiras, dentro de um exemplo particular, que se oferece por meio de uma política hidráulica. Com a execução dos trabalhos de modelação e embelezamento tinha-se o intuito de edificar imponentes fontaines d’art para a vila com vocação de terma. Criou-se em torno das fontes, utilizando-se de um vasto repertório hidromitológico, uma multiplicidade de interações sociais e um universo simbólico caracterizado pelos temas das águas de cura e da juventude. Palavras-chave: Monumentos da Água, estância balneária, arte das fontes.

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2 - Como Esaú e Jacó: Oligarquias Sul-Mineiras no final do Império e Primeira República

  • Ver o tópico: A construção da Estância Balneária de Águas Virtuosas, págs. 123/153.

 


Fábio Francisco de Almeida Castilho. Tese. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Programa de Doutorado em História, Área de Concentração em História e Cultura Política, Franca, 2012. Disponível aqui


RESUMO: Este trabalho busca problematizar o posicionamento da elite sul-mineira no processo de derrocada do Império e passagem para o regime republicano. Pretendemos averiguar quais foram, e se é que existiram, as alterações na forma de fazer política e se manter no poder após a Proclamação da República. Analisamos esta questão na região conhecida como “Sul de Minas”, pois a mesma é apontada pela historiografia como hegemônica no período em evidência e seus principais representantes ocuparam importantes cargos dentro do novo governo. Para melhor compreender as estratégias e ações de permanência no poder, abordamos uma série de episódios políticos que contaram com a participação de dois grupos sul-mineiros do início do novo regime. Destacamos a existência do grupo liderado por Silviano Brandão, os silvianistas, e a facção identificada com o republicanismo histórico. Os episódios averiguados; que cobrem disputas nos âmbitos local, estadual e nacional; revelam como o silvianismo construiu uma hegemonia estadual e posteriormente lançou-se à disputa nacional silenciando a oposição e perpetuando-se no poder com base em um discurso que afirmava a coesão e harmonia política em Minas Gerais, camuflando práticas e cabalas políticas de exclusão e alijamento de seus opositores. Palavras-chave: Sul de Minas. Primeira República. Elite Política. Coronelismo. Silviano Brandão. 

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3 - A lenda de Lambari por uma perspectiva semiótica: Construção de sentido, origens e ideologia

 

Roberto Junho de Carvalho. 2015. 142 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), 2015. Disponível aqui


RESUMO: A origem da cidade de Lambari, situada no sul de Minas Gerais e conhecida mundialmente por suas águas minerais, é contada numa lenda. A lenda narra a história de um amor impedido de se concretizar, pois, a noiva do jovem Tancredo fora acometida por grave enfermidade e nenhum recurso disponível pela medicina conseguia curá-la. Então, por indicação de um escravo, a família de Cecília e seu noivo viajam para a região do Lambari e a moça, ao se tratar com as águas minerais, reveladas pelo cativo, fica curada. Como gratidão à Nossa Senhora da Saúde, Cecília, manda construir uma capela no local das águas e ali é celebrado seu casamento. Em torno da ermida, surgiria, mais tarde, a cidade de Lambari. Essa lenda circulou no domínio da oralidade por várias gerações tendo surgido, provavelmente, em torno de 1780, a data que se menciona oficialmente a existência das águas minerais em documentos da Câmara da cidade da Campanha, cidade a que, na época da revelação das águas, pertencia o território das fontes. Como nosso trabalho tem por finalidade estudar a construção de sentido na lenda de Lambari, para servir de corpus para nossa pesquisa desejávamos encontrar uma versão escrita da lenda. Esse objetivo foi alcançado através de pesquisa documental realizada na Biblioteca Pública Municipal Basílio de Magalhães. Nesse estabelecimento tivemos acesso às obras de Martins (1971) e Carrozo (1985). Nas duas obras encontramos versões escritas da lenda que foram usadas como corpus para as análises. Esses autores escreveram sobre a história e aspectos geográficos da cidade de Lambari, além de apresentar esclarecimentos sobre as águas minerais e a atividade turística desenvolvida no município. Convém ressaltar que a lenda das “águas santas” se insere entre os discursos fundadores do município, sendo um dos discursos de fundação e identidade mais significativos para a cidade de Lambari e apresenta em seu texto influência mítico-religiosa. Ao constatarmos esse fato buscamos compreender os caminhos percorridos pelo discurso mítico-religioso, até chegar à região de Lambari e projetar sua voz no texto da lenda. Além das influencias míticas contidas na lenda procuramos evidenciar também as ideologias que se apresentam no texto. Em primeiro plano destacando as ideologias de base, que migraram do texto oral para o texto escrito. Em segundo plano investigando vestígios ideológicos que os enunciadores das versões da lenda deixaram no texto escrito. Mas antes de chegar ao nível ideológico procuramos demonstrar como a semiótica, através do percurso gerativo de sentido, oferece ferramentas para a compreensão textual e aplicamos essas ferramentas de análise no texto da lenda. Como o discurso cita outros discursos, a fim de compreender melhor as ideologias presentes no texto da lenda, fez-se necessário algumas incursões na história de Lambari na tentativa de encontrar pontos de ligação entre a lenda e a história da cidade. Em nossas conclusões fizemos uma pequena discussão sobre como as ideologias do momento de fundação e do início do processo de formação ainda permanecem na memória social do povo lambariense influenciando seus ideais. Palavras-chave: Lenda; Mito; Semiótica; Ideologia.


4 - Américo Werneck: O Haussman de Águas Virtuosas

  


Fábio Francisco de Almeida Castilho. Artigo Técnico apresentado no XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH - São Paulo, julho de 2011. Disponível aqui


RESUMO: Nosso objetivo neste artigo será o de investigar a trajetória de Américo Werneck e a construção da estância balneária de Águas Virtuosas, estudando a cidade e seu processo de transformações no tempo, pois seus projetos e protagonistas lhe conferiram nova forma e novo sentido. Em outras palavras, com o estudo da história de Águas Virtuosa tencionamos identificar as motivações dos atos políticos do Estado e de seus agentes, estabelecendo a relação entre o crescimento da cidade, a urbanização e a organização da vida social e política, pretendemos historicizar as atitudes e comportamento dos indivíduos, dos grupos e das instituições envolvidas no processo modernizador em curso na cidade durante a passagem do regime imperial para o republicano, destacando os bastidores do jogo político que possibilitou a construção da pujante estância. 

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Referências

  • Site GUIMAGUINHAS - Bibliografia sobre Águas Virtuosas do Lambary - aqui
  • Site Wikipedia
  • Curso de Atualização em Normalização Bibliográfica - Mod. 2 - Trabalhos acadêmicos: monografias, dissertações, teses e memoriais - UFSJ - aqui

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Publicado por Guimaguinhas
em 24/09/2015 às 08h56
Página 59 de 108

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

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